A nova economia exige um mindset muito claro das empresas: é adaptar-se ou morrer. Como disse Gabriel Mattoso no TD Web Conference, “Antes do mundo VUCA, o grande ‘engolia’ o pequeno. Hoje, o rápido ‘engole’ os dois”.
Hoje, as corporações independentemente de tamanho, perdem para as que são mais rápidas e que buscam continuamente inovar-se e solucionar problemas que o mercado nem percebia que tinha, até começar a utilizar desses serviços.
Estamos falando das startups, organizações com características bastante particulares, que respiram mudanças e são um exemplo de não apenas permanência, mas também de crescimento em um mercado cada vez mais volátil. Mas afinal, o que exatamente são startups?
Startup: uma palavra, múltiplos significados
A palavra startup começou a ser utilizada no Brasil durante a “bolha ponto-com” ou bolha da internet que perdurou de 1996 a 2001. O termo frequentemente era atribuído a organizações em fase inicial de operação. Depois passou a designar empresas, geralmente no ramo de tecnologia, caracterizadas por baixos custos e alta escalabilidade.
Atualmente os investidores definem startup como uma empresa jovem com modelo de negócios escalável e repetível, que constantemente busca inovação e soluções para as dores do mercado no cenário de incertezas que se vive.
O principal ponto é que as startups precisam estar sempre um passo à frente de um caminho incerto para desbrava-lo, possibilitando a atuação em novo nichos emergentes de mercado, solucionando problemas dos clientes que antes passavam despercebidos.
Como funciona uma startup?
Podemos pensar a estrutura de uma startup em tópicos:
- Cenário de incertezas: não há como saber se a ideia da empresa vai realmente se sustentar;
- Repetição: deve ter a capacidade de entregar um mesmo produto em escala ilimitada;
- Escalabilidade: capacidade de crescer exponencialmente sem influenciar no modelo de negócio da empresa;
- Modelo de negócios: forma de geração de valor das startups. Se diferencia das empresas tradicionais pois estas possuem planos de negócio.
Uma premissa das startups é “falhar rápido e barato”, ou seja, há o entendimento de que falhas são inevitáveis. No entanto, a utilização de um modelo de negócios, propõe a testagem de objetivos, colocando-os à prova no mercado evitando assim o gasto desnecessário de recursos.
Esse processo se encaixa no conceito de Lean Startup, que foi criado por Eric Ries. A proposta da Lean Startup é a criação de um MPV (mínimo produto viável), como forma de verificar se o produto da startup é ou não válido, promovendo uma avaliação de possibilidades.
Tipos de startups
Como todo o negócio, as startups podem ser segmentadas de várias formas, sendo as principais por tipo de negócio ou por seus nichos de atuação no mercado.
Em relação ao modelo de negócios,temos:
- B2B: sigla para Business to Business, ou empresa para empresa em tradução livre, são aquelas que se dedicam a vender a outras corporação ao invés de tratar diretamente com o consumidor final.
- B2C: este modelo Business to Consumer, empresa para o consumidor, tem foco na venda de produtos ou serviços para o cliente final.
- B2B2C: o modelo Business to Business to Consumer é um híbrido entre os modelos anteriores, ou seja, a empresa negocia com outras empresas, buscando fechar uma venda para seu consumidor final.
As startups englobam os mais diversos nichos de mercado. Porém, entre os mais comuns e citados na mídia podemos encontrar:
- Fintechs: startups que focam no mercado financeiro;
- HRtechs: mercado de Recursos Humanos;
- Lawtechs: startups que atuam na área jurídica;
- Agtechs: voltadas para o agronegócio;
- Insurtechs: trabalham no mercado de seguros;
- Edtechs: priorizam a área da educação.
Panorama das startups no Brasil
Uma pesquisa realizada pela Startse em 2017 mostrou que cerca de 70% das startups que temos no Brasil foram fundadas entre os anos de 2016 e 2017, além disso, do número total de startups estudadas, 38% ainda se encontram em fase de validação que, segundo o estudo é a fase que consome maior caixa da organização.
Em relação a nichos de mercado e tipos de negócio, as áreas que mais se destacam são a TI, a educação e o comércio/varejo. O modelo B2B é o mais adotado, correspondendo a 34,05% das startups do país.
Outro estudo, realizado pela ABStartups em 2018 trouxe a informação de que o Brasil possui 10.200 startups, 20% a mais que o ano de 2017. Sendo que destas, 5 empresas atingiram o patamar de unicórnios, ou seja, tem valor de mercado igual ou superior a 1 bilhão de dólares. São elas: 99, PagSeguros, Nubank, Stone e Ifood, que juntas somam R$ 89 bilhões.
As pesquisas mostram que este é um ecossistema em amadurecimento no Brasil, mas que mostra um futuro muito otimista e promissor. E por falar em futuro, tem novidade a caminho. Nosso parceiro Transformação Digital, startup que, em 2019, organizou oito eventos online em temas como empreendedorismo, finanças, marketing e recursos humanos. Neste ano, projeta realizar mais 30 com o investimento de R$5 milhões que recebeu da EQI Investimentos.
A Introduce está engajada no movimento das startups, como apoiadora de Startup Weekends e com nosso time fazendo parte dos mentores dos eventos. Conecte-se com a gente.