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A culpa é do usuário? Desmistificando erros e construindo uma cultura de segurança

No universo da cibersegurança, tornou-se comum ouvir que o usuário é o elo mais fraco da cadeia. É fácil culpar colaboradores por incidentes como clicar em links suspeitos, cair em golpes de phishing ou reutilizar senhas fracas.

Mas será que atribuir toda a responsabilidade ao usuário não é uma visão simplista e perigosa?

Pesquisas recentes, como o Verizon Data Breach Investigations Report (2024), apontam que aproximadamente 74% dos ataques bem-sucedidos começam pelo fator humano, mas destacam que esses incidentes geralmente estão associados a falhas organizacionais, como falta de treinamento adequado e ausência de políticas claras.

Outro estudo relevante da IBM Security (Cost of a Data Breach 2024) revelou que empresas que investem efetivamente em conscientização dos usuários conseguem reduzir os custos médios de incidentes em até 60%.

A verdade é que a segurança da informação vai além do comportamento individual. Trata-se de um desafio organizacional e estratégico que precisa ser enfrentado com clareza e maturidade digital e portanto a construção de uma cultura de segurança se torna um caminho essencial para as empresas.

A culpa é do usuário? Desmistificando erros e construindo uma cultura de segurança

O que é uma cultura de segurança da informação?

Uma cultura de segurança da informação é um conjunto de práticas, valores, atitudes e comportamentos compartilhados por todos os colaboradores e níveis hierárquicos da empresa, que têm como objetivo proteger ativos digitais e informações estratégicas contra ameaças cibernéticas.

Diferentemente de ações isoladas, uma cultura forte está profundamente enraizada no DNA organizacional, permeando as decisões cotidianas, desde operações simples até estratégias complexas.

Como diferenciar uma cultura forte de ações isoladas?

Ações isoladas normalmente são iniciativas pontuais, sem continuidade ou alinhamento estratégico claro. Já uma cultura forte de segurança se manifesta em:

  • Consistência de práticas: Medidas de segurança são implementadas de forma sistemática, não apenas após incidentes ou auditorias.
  • Engajamento da liderança: Executivos demonstram claramente seu compromisso com segurança, participando ativamente em ações e decisões.
  • Comportamento preventivo: Colaboradores adotam proativamente práticas seguras em suas rotinas.
  • Comunicação aberta e constante: Informações sobre segurança são compartilhadas regularmente, promovendo transparência e aprendizado contínuo.

Quais são os indicadores de uma cultura de segurança bem estruturada?

  • Redução significativa de incidentes: Dados do Relatório Semestral de Riscos e Tendências da IBM X-Force destacam que empresas com culturas robustas e práticas estruturadas de segurança conseguem reduzir consideravelmente os incidentes cibernéticos.
  • Alta taxa de reportes proativos: Colaboradores não apenas identificam, mas também comunicam rapidamente possíveis ameaças.
  • Resposta rápida e estruturada: A equipe reage prontamente a incidentes com processos claros, reduzindo danos operacionais e financeiros.
  • Compromisso mensurável da liderança: Indicadores internos demonstram participação ativa e investimento estratégico em segurança digital.

A culpa é do usuário? Desmistificando erros e construindo uma cultura de segurança

Quais são os erros frequentes ao implementar uma cultura de segurança?

Apesar das recomendações globais, muitas empresas ainda cometem erros cruciais na implementação de segurança da informação:

  • Treinamentos genéricos e esporádicos: Realizar treinamentos superficiais ou pouco frequentes gera um falso senso de segurança. Um relatório da IBM Security (Cost of a Data Breach 2024) destaca que organizações com treinamentos genéricos têm incidências significativamente maiores de ataques por engenharia social, como phishing. Sem treinamentos contínuos e personalizados, colaboradores não internalizam boas práticas de segurança.
  • Ausência de comprometimento da alta liderança: Quando líderes não participam ativamente nem priorizam a segurança digital, toda a organização tende a não levar o assunto a sério. A segurança acaba percebida como “apenas uma questão de TI”. Um estudo da PwC (Global Digital Trust Insights 2024) revela que 59% dos incidentes estão relacionados à ausência do envolvimento estratégico dos executivos, afetando diretamente o engajamento dos colaboradores.
  • Falta de monitoramento e análise de comportamento dos usuários: Empresas que não acompanham o comportamento digital dos colaboradores têm dificuldades em detectar ameaças rapidamente. Sem esse monitoramento constante, incidentes podem passar despercebidos por tempo prolongado, ampliando o dano causado à organização.
  • Adoção superficial de frameworks: Adotar superficialmente boas práticas, como os frameworks NIST ou ISO 27001, gera falhas estruturais. Sem seguir integralmente esses modelos, empresas deixam lacunas críticas na segurança, comprometendo sua capacidade real de proteção contra ameaças complexas.
  • Subestimação dos ataques internos: Muitas organizações focam apenas em ameaças externas e negligenciam os riscos internos. Políticas de acesso permissivas e falta de controles rigorosos podem resultar em incidentes causados por funcionários, intencionais ou não. Ataques internos têm potencial devastador justamente por já possuírem acesso privilegiado às informações.

A culpa é do usuário? Desmistificando erros e construindo uma cultura de segurança

Criação de uma cultura de segurança como caminho estratégico!

Criar uma cultura estratégica de segurança da informação é mais do que seguir protocolos básicos. Requer integração profunda à estratégia empresarial, adotando abordagens práticas e baseadas em resultados.

De acordo com o Gartner, 85% dos incidentes cibernéticos podem ser prevenidos com uma cultura robusta de segurança.

Na Introduce, adotamos uma abordagem baseada em maturidade digital para enfrentar esses desafios. Não basta apenas identificar os riscos; é preciso desenvolver continuamente uma cultura interna de segurança digital forte e estruturada.

Organizações com segurança digital elevada aplicam estratégias consistentes e embasadas, garantindo que a segurança seja parte integrante da sua estratégia de negócio.

  • Treinamentos contínuos e práticos: Treinamentos eficazes vão além das abordagens tradicionais. Metodologias modernas, como gamificação, microlearning e testes periódicos simulados (simulações realistas de phishing, por exemplo), garantem que os colaboradores não só absorvam o conteúdo, mas também consigam aplicar os conhecimentos de forma imediata em suas rotinas.
  • Implementação de Autenticação Multifator (MFA): A Autenticação Multifator é fundamental para proteger o acesso aos sistemas críticos da empresa. Frameworks reconhecidos internacionalmente, como o NIST Cybersecurity Framework e ISO 27001, destacam o MFA como essencial para reduzir significativamente as possibilidades de ataques bem-sucedidos decorrentes de credenciais roubadas ou comprometidas.
  • Gestão estratégica de acessos (IAM): Uma gestão estratégica de acessos, baseada no conceito de menor privilégio possível (least privilege), evita vulnerabilidades internas e externas, reduzindo a exposição das informações sensíveis. Empresas com gestão efetiva de acessos conseguem detectar e mitigar rapidamente acessos não autorizados.
  • Monitoramento proativo com SOC: O monitoramento contínuo por meio de um Security Operations Center (SOC) interno ou terceirizado permite identificar ameaças em tempo real, agir rapidamente e minimizar os impactos financeiros e operacionais dos incidentes. Uma estratégia eficaz também utiliza ferramentas como SIEM para analisar comportamentos suspeitos e automatizar respostas rápidas.
  • Responsabilidade compartilhada e papéis claros: Uma cultura robusta de segurança digital é construída quando cada indivíduo na empresa compreende claramente suas responsabilidades. O CEO precisa liderar estrategicamente, garantindo investimentos adequados e comunicação contínua sobre segurança. O CISO deve desenhar e monitorar estratégias eficazes, enquanto os colaboradores devem adotar práticas seguras diariamente, tornando-se parte ativa da solução.

Quer dar um passo além na segurança da sua empresa?

A segurança da informação não pode ser tratada como um conjunto de ações isoladas, mas sim como um pilar estratégico da empresa.

A implementação de treinamentos contínuos, autenticação multifator, gestão de acessos eficiente, monitoramento proativo e uma cultura de responsabilidade compartilhada cria um ambiente resiliente e preparado para enfrentar desafios cibernéticos.

Empresas que levam segurança a sério não apenas mitigam riscos, mas também fortalecem sua reputação, melhoram a confiança de clientes e parceiros e garantem a continuidade dos negócios em um cenário digital cada vez mais desafiador.

Para alcançar esse nível de maturidade, é essencial agir agora e integrar a segurança como parte fundamental da cultura organizacional. 

Quer aprender mais sobre o assunto com um especialista?

A culpa é do usuário? Desmistificando erros e construindo uma cultura de segurança

Participe da palestra exclusiva com Brayan Poloni, CISO e CTO da Introduce, no SecOps Summit 2025. Descubra na prática como transformar vulnerabilidades em uma vantagem competitiva através da construção de uma cultura robusta e orientada à segurança.

Palestra: A culpa é do usuário? Transformando riscos em proteção com cultura de cibersegurança
Palestrante: Brayan Poloni, CISO e CTO da Introduce
Data: 20/03 | 17h30
Local: Centro de Eventos PUCRS

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